Setembro Amarelo: por que é importante lembrar nas empresas?
- Lucas Guimarães de souza
- 8 de set.
- 3 min de leitura
Quando falamos sobre saúde no ambiente de trabalho, a primeira coisa que vem à mente de muitos empresários e colaboradores é a parte física: ergonomia, exames médicos, prevenção de doenças ocupacionais. Mas existe uma outra dimensão igualmente importante — a saúde mental. E é aqui que entra o Setembro Amarelo, campanha mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio.

O que é o Setembro Amarelo?
Criada no Brasil em 2015, a campanha Setembro Amarelo ganhou força como um movimento para quebrar tabus e estimular conversas sobre saúde mental. O amarelo foi escolhido como cor oficial por representar luz, vida e esperança. A ideia é simples, mas poderosa: falar sobre saúde mental salva vidas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, estima-se que ocorra uma morte a cada 46 minutos. Esses números mostram o quanto precisamos olhar para o tema com seriedade, especialmente dentro das empresas, que são espaços onde passamos boa parte da nossa vida.
Por que lembrar do Setembro Amarelo no ambiente empresarial?
O trabalho é um dos principais fatores que impactam diretamente a saúde mental. Prazos apertados, pressão por resultados, excesso de demandas e até mesmo problemas de relacionamento podem desencadear quadros de ansiedade, estresse e depressão. Quando ignorados, esses sintomas podem evoluir para situações mais graves.
Para o empresário, não se trata apenas de cuidar das pessoas — embora isso já seja motivo mais do que suficiente. Existe também um impacto claro na produtividade e no clima organizacional. Colaboradores que se sentem apoiados, acolhidos e respeitados tendem a apresentar maior engajamento, menos absenteísmo e mais disposição para contribuir com a empresa.
Em resumo: falar de saúde mental no ambiente corporativo é um investimento, não um custo.
Como as empresas podem apoiar essa causa?
O Setembro Amarelo não precisa se limitar a campanhas externas ou posts em redes sociais. Ele pode — e deve — ser vivido dentro das organizações. Algumas ações práticas podem fazer a diferença:
Promover rodas de conversa e palestras: trazer especialistas para falar sobre saúde mental de forma acessível ajuda a quebrar o tabu e abrir espaço para diálogos.
Disponibilizar canais de apoio: convênios com psicólogos, linhas de atendimento ou mesmo programas de assistência ao colaborador oferecem suporte para quem precisa de ajuda.
Capacitar líderes: gestores preparados conseguem identificar sinais de sobrecarga ou sofrimento nos membros da equipe e agir com empatia.
Estimular o equilíbrio entre vida pessoal e profissional: horários flexíveis, incentivo ao descanso e respeito aos momentos de desconexão são práticas que reduzem o estresse.
O papel dos colaboradores
É importante lembrar que a responsabilidade não é apenas da empresa ou dos líderes. Cada colaborador também pode contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável:
Respeitando os limites dos colegas.
Evitando julgamentos em relação a quem passa por dificuldades emocionais.
Praticando a escuta ativa, ou seja, ouvir sem interromper e sem minimizar os sentimentos do outro.
Encaminhando colegas a buscar ajuda quando necessário.
A campanha Setembro Amarelo nos lembra que todos nós temos um papel ativo na prevenção ao suicídio.
Resultados que vão além do ambiente de trabalho
Quando uma empresa adota práticas de cuidado com a saúde mental, o reflexo vai muito além do escritório ou da linha de produção. Colaboradores mais saudáveis e acolhidos se tornam pessoas mais realizadas em suas famílias e comunidades.
Isso reforça a ideia de que o ambiente de trabalho não é apenas um espaço de produção, mas também um espaço de vida. E quanto mais humano ele for, melhores serão os resultados para todos.
Conclusão
O Setembro Amarelo não é só uma campanha de um mês. Ele é um lembrete permanente de que a saúde mental importa e deve ser prioridade em todos os lugares, inclusive dentro das empresas. Empresários e colaboradores, juntos, podem criar ambientes mais empáticos, produtivos e humanos.
Ao adotar essa causa, sua empresa mostra que valoriza o que realmente importa: as pessoas. E cuidar das pessoas, no fim das contas, é o que garante o verdadeiro crescimento sustentável de qualquer negócio.
Comentários