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​Você já ouviu falar no modelo de trabalho "Nine-Day Fortnight"?​

  • Foto do escritor: Lucas Guimarães de souza
    Lucas Guimarães de souza
  • 22 de abr.
  • 3 min de leitura

O conceito de "Nine-Day Fortnight" (quinzena de nove dias úteis) tem ganhado força em países como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Nesse modelo, os colaboradores trabalham nove dias dentro de um período de duas semanas e recebem o décimo dia como folga remunerada, geralmente em sextas-feiras alternadas. 


Isso proporciona dois dias de descanso extra por mês, sem reduzir a carga horária mensal. ​



Nine-Day Fortnight

O que é o "Nine-Day Fortnight"?


O conceito é simples, mas poderoso: os colaboradores trabalham nove dias a cada duas semanas, com uma folga remunerada a cada décimo dia — geralmente uma sexta-feira. Isso não significa menos horas de trabalho no mês, mas sim uma reorganização da carga horária para garantir mais tempo livre e melhorar o bem-estar sem prejudicar a produtividade.


A lógica é parecida com a do banco de horas, mas aplicada com um planejamento fixo e coletivo. Por exemplo: se o funcionário trabalha 8 horas por dia, ele pode cumprir 9 horas em alguns dias para "acumular" a folga na segunda sexta-feira.


Curiosidades e onde o modelo já está sendo testado


Empresas como Unilever, Virgin e várias startups no Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia já estão adotando a prática — muitas com resultados positivos.

Segundo uma pesquisa do projeto britânico “4 Day Week Global”, que também estuda o modelo da semana de 4 dias, mais de 60% das empresas que adotaram jornadas alternativas relataram aumento de produtividade e redução do absenteísmo.

Além disso:


  • Funcionários relatam maior engajamento e equilíbrio emocional;

  • Houve melhora na retenção de talentos, principalmente entre profissionais da geração Z e millennials;

  • As empresas notaram aumento da criatividade e da colaboração interna.


Comparando com outros modelos: o que mais existe no mundo?


Além do Nine-Day Fortnight, outras jornadas alternativas vêm ganhando destaque:


• Semana de 4 dias úteis (4-Day Workweek)

Já testada com sucesso na Islândia, esse modelo propõe uma redução real de carga horária semanal, de 40 para 32 horas, mantendo o salário integral. O foco é em produtividade com menos horas — algo que tem seus desafios em setores operacionais.

• Jornada flexível (Flex Time)

Permite que o colaborador defina seus próprios horários, desde que cumpra sua carga horária semanal ou mensal. Ideal para quem trabalha por metas ou entrega.

• Trabalho por turnos rotativos reduzidos

Muito usado em indústrias e serviços essenciais, esse modelo redistribui a força de trabalho em diferentes turnos, permitindo folgas alternadas e menor carga por jornada.

• Jornada híbrida com alternância de dias remotos

Popularizada durante a pandemia, essa opção combina dias presenciais e remotos, dando ao colaborador maior autonomia sobre sua rotina e tempo de deslocamento.


E no Brasil, funcionaria?


A realidade brasileira é mais complexa. Nossa legislação trabalhista exige ajustes para esse tipo de jornada — mas não é impossível. O uso do banco de horas, acordos coletivos e a flexibilização com respaldo do RH já são ferramentas comuns que poderiam viabilizar essa prática.


O desafio está na cultura empresarial: muitas empresas ainda valorizam o "tempo no escritório" mais do que o resultado entregue. Além disso, setores com alta demanda operacional ou atendimento contínuo (como varejo, saúde e call centers) podem ter mais dificuldade de aderir.


O que o Grupo Telecred pensa sobre isso?


No Grupo Telecred, acreditamos que a inovação não deve ser apenas tecnológica — ela deve começar pelas pessoas. Por isso, estamos sempre atentos às tendências que melhorem a produtividade, a motivação e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Sabemos que novas jornadas exigem estudo, responsabilidade jurídica e respeito à realidade de cada setor. Mas também sabemos que o futuro do trabalho será cada vez mais personalizado, inteligente e humano.

Flexibilizar não é trabalhar menos — é trabalhar melhor.

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