Terceirização em 2026: entenda o que muda
- Lucas Guimarães de souza
- 16 de nov.
- 4 min de leitura

A terceirização de mão de obra entra em 2026 como um dos temas mais estratégicos para empresas de todos os portes. O aumento dos encargos trabalhistas, a fase inicial da Reforma Tributária e o avanço acelerado da automação criam um ambiente onde terceirizar deixa de ser apenas uma opção operacional e passa a ser uma decisão de sobrevivência e eficiência.
As mudanças econômicas e fiscais que se consolidam no próximo ano exigem que empresas repensem custos, modelos de contratação e processos internos. Prestadoras de serviços também precisam se reinventar, adotando tecnologia, novas formas de gestão e maior profissionalismo. O que antes funcionava com estruturas simples agora precisa entregar segurança, qualidade e resultados comprováveis.
Impactos econômicos e tributários que mudam a lógica do setor
O primeiro fator que pressiona o mercado é a reoneração da folha. Em 2026, setores tradicionalmente intensivos em mão de obra como facilities, construção civil, logística, atendimento e serviços prediais terão aumento significativo nos encargos. Isso eleva o custo de manter equipes internas e reforça a necessidade de modelos mais flexíveis e estruturados de contratação.
Ao mesmo tempo, a Reforma Tributária inicia sua fase de testes, exigindo que as empresas emitam notas fiscais com destaque de IBS e CBS, ainda que em valores simbólicos. Esse detalhe técnico movimenta muito mais coisa do que parece, já que obriga as empresas a atualizarem sistemas, revisarem contratos, entenderem o impacto dos novos créditos e se adaptarem à futura tributação que será plenamente aplicada nos anos seguintes.
Na prática, isso cria um ambiente onde a terceirização se torna mais atrativa porque permite à empresa contratante transferir parte da complexidade fiscal e operacional para um parceiro especializado. Quem terceiriza passa a contar com operação, tecnologia e compliance integrados itens que custariam muito mais se fossem feitos internamente.
O que muda na contratação de serviços terceirizados
Contratos mais técnicos e baseados em desempenho
As empresas deixam de contratar “horas de trabalho” e passam a buscar contratos orientados por desempenho. Isso significa acordos focados em indicadores reais, como tempo de resposta, nível de entrega, produtividade da equipe, qualidade e eficiência do serviço. O modelo de SLA, que antes era restrito a áreas mais técnicas, passa a ser comum em diversos serviços operacionais.
Esse movimento eleva o patamar das prestadoras, que precisam comprovar capacidade, tecnologia e gestão. A relação deixa de ser operacional e passa a ser estratégica.
Aumento de custos e compensações possíveis
Os custos dos serviços devem subir por causa da reoneração e da transição para IBS e CBS. Porém, para muitas empresas, especialmente indústrias e comércios estruturados, essa alta pode ser parcialmente compensada pelos créditos tributários do novo modelo. Isso significa que o custo final pode ser menor do que parece à primeira vista desde que a empresa faça uma análise estratégica, e não apenas contábil.
Como as empresas contratantes serão impactadas
Mais complexidade e mais necessidade de parceiros confiáveis
A rotina empresarial ficará mais exigente, com novas obrigações, novas regras e necessidade de adequação tecnológica. Com isso, aumenta a demanda por prestadores de serviços que ofereçam estrutura completa: operação, tecnologia, compliance e gestão de indicadores.
Empresas que antes terceirizavam apenas atividades operacionais agora buscam terceirizar também partes do administrativo, do financeiro e até do suporte fiscal, justamente porque a complexidade tributária tende a aumentar.
Eficiência como prioridade absoluta
Com o aumento natural dos custos, empresas passam a exigir mais resultados com menos desperdício. A terceirização se torna uma ferramenta de eficiência — não só de economia. A expectativa é que as prestadoras entreguem processos padronizados, performance constante, equipes treinadas e melhorias contínuas.
O que muda para os trabalhadores terceirizados

Mais formalização e mais exigência de qualificação
A terceirização continua como uma das maiores portas de entrada para o emprego formal no Brasil. Em 2026, porém, o perfil exigido muda: cresce a necessidade de profissionais capazes de operar sistemas digitais, se adaptar rápido, interagir com tecnologia e trabalhar por metas.
Não é mais apenas força de trabalho — é força de trabalho com inteligência operacional.
Carreiras mais dinâmicas e tecnologias no dia a dia
O colaborador terceirizado passa a atuar em ambientes mais estruturados, com monitoramento de qualidade, metas claras, ferramentas digitais e maior contato com diferentes clientes. Isso amplia oportunidades de crescimento, mas também exige atualização constante.
Tecnologia deixa de ser tendência e vira obrigação
A automação e a IA já não são diferenciais. Em 2026, são requisitos mínimos. Prestadoras de serviços precisam operar com ferramentas que permitem:
acompanhamento em tempo real,
controle digital de operação,
indicadores de performance,
processos automatizados,
segurança de dados,
eficiência documentada.
Empresas que não incorporarem tecnologia naturalmente perderão competitividade.
Conclusão: terceirização em 2026 exige visão estratégica
O ano de 2026 marca a transformação definitiva da terceirização. O setor deixa de atuar de forma tradicional e passa a operar como peça-chave dentro da estratégia empresarial. Custos, regras fiscais, exigências legais e digitalização moldam um novo cenário que favorece empresas preparadas — tanto para contratar quanto para fornecer serviços.
O Grupo Telecred acompanha essas mudanças desde já, oferecendo soluções robustas em BPO, gestão terceirizada, atendimento, digitalização e serviços operacionais capazes de entregar eficiência, segurança e performance real para empresas em todo o Brasil. Em um ambiente mais exigente, contar com um parceiro especializado é o diferencial que garante competitividade e crescimento sustentável.








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